Idosos que levam estilos de vida sedentários e abusam do sódio nas refeições possuem risco que vai além das doenças cardíacas. Estudo liderado por pesquisadores da Baycrest in Toronto - em colaboração com o Institut Universitaire de Gériatrie de Montréal, McGill University e Université de Sherbrooke, Canadá - encontrarou evidências de que o excesso de sal e a falta de exercícios físicos são prejudiciais à saúde cognitiva na terceira idade. As descobertas estão na versão online do periódico Neurobiology of Aging.
O estudo acompanhou o consumo de sódio e os níveis de atividade física de 1.262 idosos saudáveis (homens e mulheres de 67 a 84 anos) naturais de Quebec, Canadá, durante três anos. Foi utilizado o Mini-Mental State Examination durante o primeiro ano, um questionário usado para detectar a deterioração intelectual, que serviu de referência para o resto do período. Os níveis de atividade foram medidos usando a Physical Activity Scale for the Elderly, escala que determina as atividades cotidianas praticadas pelos idosos.
Os níveis de consumo de sódio foram determinados altos, médios ou baixos com base em um questionário de frequência alimentar que cada um deles completou. Baixa ingestão de sódio foi definida como aquela que não ultrapassa 2,263mg/dia; ingestão média, 3,090mg/dia; e alta, 3,091 mg/dia para cima (o valor máximo alcançado foi 8,098mg/dia).
Os resultados mostraram que uma dieta rica em sódio, combinada a pouca atividade física, é prejudicial para o desempenho cognitivo de adultos mais velhos.
Há pouco tempo, resultados de outros estudos revelaram que o declínio mental está associado ao estilo de vida insalubre, como é o caso do estudo do San Francisco VA Medical Center, Estados Unidos, que diz que mais de 50% dos casos de mal de Alzheimer sofrem influência de fatores como hipertensão e tabagismo.
Além de ter atenção aos primeiros sinais da doença de Alzheimer, uma dieta rica em oleaginosas (como castanhas, nozes e amêndoas), peixes e legumes diminuem significativamente as chances de que uma pessoa desenvolva o Mal de Alzheimer, segundo um estudo feito pela Universidade Columbia, em Nova York. Essa conclusão foi tirada da análise, feitas por pesquisadores, das dietas de 2.148 adultos americanos com mais de 65 anos. Mais de 35 milhões no mundo sofrem com a doença, de acordo com os dados da organização Alzheimer's Disease International (ADI).
Durante os quatro anos de duração do estudo, 253 dos adultos do grupo desenvolveram o Mal de Alzheimer. Foi possível, então, perceber um padrão: aqueles cuja dieta incluía oleaginosas, peixes, aves, frutas, verduras e que apresentavam menos laticínios gordurosos e carne vermelha apresentaram menos chances de desenvolver a doença.
De acordo com os médicos americanos do Alzheimer's Research Trust, adaptar o estilo de vida à medida que se fica mais velho - fazendo exercícios regularmente, prestando atenção à dieta e mantendo uma vida social ativa - pode reduzir os riscos do Alzheimer. No entanto, não há dieta ou estilo de vida que elimine esses riscos por completo.
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