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Apresentação:

Este blog é dedicado aos atuais e futuros idosos para que tenham uma vida mais feliz e menos complicada.
Minha mãe, Leda Rosin, escreveu textos e poemas com o objetivo de lançar um livro para ajudar o Asilo Padre Cacique de Porto Alegre, RS, mas não conseguiu patrocínio.
Criei este blog como homenagem para que seu trabalho não fique esquecido numa gaveta e para que ela se sinta feliz.
Este é um blog para todas as idades!



Esta turma respeita os idosos!

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Envelhecer muitas vezes dói...


Só envelhece quem não morre cedo. Fato! Mas vamos combinar que envelhecer com saúde é essencial.
Vejo minha mãe com 83 anos, Mal de Parkinson e muito debilitada. Faz fisioterapia três vezes na semana. Tem atendimento especializado 24 horas, mas muita tristeza e descontentamento no seu coração.
E eu sofro junto. Muito... Mesmo que talvez ela não reconheça isso. Choro quase todos os dias. A imagem dela não me sai da cabeça. E eu envelheço também sofrendo e me sentindo impotente. 
A vida definitivamente não é justa!
A vida pode ser muito difícil.
Sei que sempre haverá pessoas com problemas maiores ou sem solução. Mas isso não diminui ou acaba com o que sinto.
Melhor idade sem saúde? Só se for para os médicos, laboratórios e farmácias que faturam com isso.
Perdoem-me por tanta amargura, mas é assim que me sinto.
E tudo o que peço é paz no coração de minha mãe. Se ela estiver bem, estarei também.
Enquanto isso, envelhecemos juntas.




segunda-feira, 22 de agosto de 2016

PARA QUE SERVE UM VELHO


Sinto falta dos velhos. Eles sumiram. Há os que se esconderam, porque ninguém mais quer ouvi-los, e há os que se portam como jovens, na ânsia de serem ouvidos. O velho mesmo, o velho clássico, o velho sábio que nos fazia baixar as orelhas e sentar de perna de índio em volta da cadeira, esse velho nós estamos matando.
Ponha-se no lugar dele: quando era jovem, há algumas décadas, sua meta era entrar no mundo dos velhos – porque eram os velhos que detinham o poder, o saber e o sucesso na carreira. Agora que virou velho, sua meta é entrar no mundo dos jovens, porque são os jovens que detêm o poder, o saber e o sucesso na carreira. Quem aguenta uma rasteira dessas?
O publicitário Dado Schneider, 55 anos, repete em suas palestras que, justo na vez dele, justo na hora de ele ficar velho, houve essa transformação inédita na história da humanidade: um volume brutal de conhecimento passou a ser transmitido das gerações mais novas para as gerações mais velhas. E há um efeito hediondo nessa inversão de papéis.
Porque, se os jovens agora gozam de poder e saber, que serventia têm os velhos? Se o nosso guru se chama Google, se o modelo de sucesso é Zuckerberg – 32 anos –, se a compreensão do mundo parece melhor na juventude, qual é a vantagem da velhice? Quem vai parar para ouvir um velho? Pior: quem vai aceitar ser velho?
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É triste que o velho mesmo, o velho clássico, o velho sábio que nos fazia baixar as orelhas e sentar de perna de índio em volta da cadeira, morra no momento em que mais precisamos dele – um momento em que "estamos nos afogando em informações mas famintos por sabedoria", como disse o biólogo E. O. Wilson.
Quer dizer: temos acesso ao conhecimento como ninguém jamais teve, mas falta quem nos oriente. Falta quem nos situe nessa biblioteca de fragmentos, quem nos ajude a filtrar essa enxurrada de informações que mais atormenta do que educa. Falta quem nos ensine a lidar com essa nova vida – ou, em outras palavras, nos falta sabedoria. Que nada mais é do que saber empregar o conhecimento.
Em toda a história da civilização, os velhos exerceram um papel crucial. Na Roma antiga, o conselho de anciãos, que já era comum nas sociedades orientais, ganhou o nome de Senado – e os anciãos passaram a fiscalizar autoridades e a controlar as finanças públicas. Porque o jovem, ele é importante quando precisamos de iniciativa, ímpeto e energia, mas nada disso basta sem prudência, traquejo e paciência. Aos 30 anos de idade, Alexandre, o Grande, já havia conquistado o mundo, mas seu maior conselheiro era o velho Aristóteles.
Que conselheiro nós temos hoje? Qual foi a última vez que você parou para ouvir um velho, frente a frente, sem qualquer obrigação familiar, apenas pelo prazer de beber um pouco de sabedoria? Ainda dá tempo, mas seja rápido. Porque esse velho nós estamos matando.
Autor: Paulo Germano


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Refletindo sobre a velhice




Minha mãe Leda, com 83 anos, em uma manhã de fisioterapia. Altos e baixos física e emocionalmente. Envelhecer sem saúde é bem difícil.





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