NEWTON LUIZ TERRA
Diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS
Envelhecer é uma das mais difíceis tarefas da vida humana. Muitas pessoas nunca enfrentam a grande crise do envelhecimento. Durante algum tempo, lutam contra o fato inevitável e, aos poucos, atingem um estado de resignação amargurada. Depois renunciam a toda a ambição, cansam-se e perdem a vitalidade. Uma das mais belas oportunidades para o crescimento e a evolução humana fica perdida porque estas pessoas não compreendem que o envelhecer oferece ao homem um grande desafio para o amadurecimento.
Cícero estava com 62 anos quando escreveu De Senectude, seu célebre ensaio sobre envelhecimento. Ele morreu no ano seguinte, aos 63 anos. Hoje, uma pessoa com 62 anos de idade é considerada “jovem”. Embora a velhice no Brasil inicie cronologicamente aos 60 anos, são cada vez mais numerosos os indivíduos que excedem em muito esta marca na plenitude de suas capacidades físicas, emocionais e, principalmente, intelectuais. Aqui no Rio Grande do Sul, temos vários exemplos de octogenários e nonagenários ativos e brilhantes nas suas atividades. Estes deveriam servir de exemplo para todos nós.
Uma das mais interessantes descobertas da gerontologia atual é que cada indivíduo tem na realidade outras idades ao mesmo tempo. A biológica, a social, a cultural, a filosófica, a psicológica, a econômica e, por último, a cronológica que é a idade do nascimento, determinada pelo número de anos vividos pela pessoa e que é um indicador limitado da idade do indivíduo. Não devemos esquecer que a velhice é uma instituição política e uma convenção social, estruturada por um sistema que revoga os direitos de empenho social do indivíduo após um determinado número de anos. Essa instituição possui convênio com toda a poderosa máquina de falsa sabedoria popular que justifica o exílio de seus membros, taxando-os de incompetentes, improdutivos, assexuados, frágeis e que não têm nada mais a contribuir. Isso não passa de uma grande mentira. Os indivíduos não devem esquecer que a energia, a capacidade de trabalho e de relacionamento e o entusiasmo perduram por toda a existência da maioria das pessoas.
Diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS
Envelhecer é uma das mais difíceis tarefas da vida humana. Muitas pessoas nunca enfrentam a grande crise do envelhecimento. Durante algum tempo, lutam contra o fato inevitável e, aos poucos, atingem um estado de resignação amargurada. Depois renunciam a toda a ambição, cansam-se e perdem a vitalidade. Uma das mais belas oportunidades para o crescimento e a evolução humana fica perdida porque estas pessoas não compreendem que o envelhecer oferece ao homem um grande desafio para o amadurecimento.
Cícero estava com 62 anos quando escreveu De Senectude, seu célebre ensaio sobre envelhecimento. Ele morreu no ano seguinte, aos 63 anos. Hoje, uma pessoa com 62 anos de idade é considerada “jovem”. Embora a velhice no Brasil inicie cronologicamente aos 60 anos, são cada vez mais numerosos os indivíduos que excedem em muito esta marca na plenitude de suas capacidades físicas, emocionais e, principalmente, intelectuais. Aqui no Rio Grande do Sul, temos vários exemplos de octogenários e nonagenários ativos e brilhantes nas suas atividades. Estes deveriam servir de exemplo para todos nós.
Uma das mais interessantes descobertas da gerontologia atual é que cada indivíduo tem na realidade outras idades ao mesmo tempo. A biológica, a social, a cultural, a filosófica, a psicológica, a econômica e, por último, a cronológica que é a idade do nascimento, determinada pelo número de anos vividos pela pessoa e que é um indicador limitado da idade do indivíduo. Não devemos esquecer que a velhice é uma instituição política e uma convenção social, estruturada por um sistema que revoga os direitos de empenho social do indivíduo após um determinado número de anos. Essa instituição possui convênio com toda a poderosa máquina de falsa sabedoria popular que justifica o exílio de seus membros, taxando-os de incompetentes, improdutivos, assexuados, frágeis e que não têm nada mais a contribuir. Isso não passa de uma grande mentira. Os indivíduos não devem esquecer que a energia, a capacidade de trabalho e de relacionamento e o entusiasmo perduram por toda a existência da maioria das pessoas.